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Reitor faz retrospectiva sobre ações da UFVJM no primeiro ano de pandemia Covid-19

publicado: 26/03/2021 16h33, última modificação: 26/03/2021 20h43
“Enquanto não se tem a vacina efetiva contra o vírus Sars-CoV-2, ações preventivas devem ser feitas com rigor para barrar o espraiamento da partícula viral”, afirma o reitor

Em entrevista para o portal da UFVJM, o reitor, professor Janir Alves Soares, faz uma retrospectiva das ações da universidade para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, e dá orientações sobre o que acredita ser efetivo no combate à pandemia. 

Reitor da UFVJM em entrevista para o portal institucional

Reitor faz análise sobre primeiro ano de pandemia
Foto: Flávia Cesar/UFVJM

1- Qual a sua análise da evolução global da pandemia da Covid-19 quanto ao impacto no mundo e as perspectivas de enfrentamento atual?

Reitor - Em termos globais, o vírus Sars-CoV-2, causador da pandemia da Covid-19, provocou abalos até nas grandes potências mundiais em termos de perdas de vidas humanas e de queda do Produto Interno Bruto (PIB). A China, hegemonia econômica internacional, epicentro da Covid-19, detentora de um peculiar sistema de capitalismo de Estado focado em um visionário caminho de riqueza e poder, foi o primeiro país a enfrentá-la e já saiu da pandemia em termos de mortes e recuperação econômica.

Enquanto a Organização Mundial de Saúde permanecia na dúvida se o evento era uma endemia ou uma epidemia, o Sars-CoV-2 atravessou o mar mediterrâneo, cruzou o oceano Atlântico e espraiou pelo mundo, surpreendendo chefes de Estado, independentemente do regime de governo ou status econômico. A falta de liderança mundial para enfrentar o vírus, de forma estratégica e unificada, fez com que cada país travasse sua própria luta.

Durante a pandemia, enquanto o PIB americano e de países da zona do euro retraiu até 11%, ficando na média de 6,9%, o da China manteve-se positivo e mostra rápida recuperação. Embora alguns aleguem que o vírus Sars-CoV-2 tem patente made in China, após um início desastroso da pandemia, o governo chinês decretou duras medidas de confinamento, sem precedentes na história recente, e que em outros países teriam sido impensáveis até então. Consequência do remédio amargo: em três meses o país restabeleceu a normalidade – ou seja, derrubou a pandemia no primeiro round. Como lá e em outros países, o PIB caiu menos naqueles que reagiram rápido à pandemia e, nem sempre quem investiu mais recursos foi mais eficiente no controle da Covid-19.

O Brasil esquivou-se do adversário em um estendido primeiro round que durou de fevereiro a dezembro de 2020. Em 2021, o país voltou soberbo para o segundo round e tomou knockdown. Em pleno mês de março, os gestores do Estado brasileiro já estão mudando as estratégias e sabiamente já falam em compartilhar responsabilidades e golpear o adversário mediante distanciamento social obrigatório, lockdown, vacinas, vacinas e vacinas.

Perante a tragédia posta, é hora de abandonar o discurso político-ideológico de uma democracia alienada e enfrentar o adversário com táticas de guerra - um conhecimento tão elaborado quanto o de produzir vacinas. 

Existe perspectiva de vencer essa guerra? Sim, existe, mas ainda teremos valiosas baixas ao longo desse enfrentamento.

"As universidades devem ajudar nisso, mas cada brasileiro precisa vestir o uniforme e combater o inimigo nas ruas, nas redes sociais, nos hospitais e, principalmente, de dentro de suas casas, e sempre que possível, proteger qualquer ser humano que subestime esse vírus, pois nem os negacionistas merecem morrer de forma tão sofrida!"

2 - Gostaríamos de fazer uma análise do trabalho da UFVJM no enfrentamento à pandemia da Covid-19, que completou um ano no dia 18 de março. O que a universidade tem feito para enfrentar este momento, pensando no seu papel de universidade pública?

Reitor - Decretado o estado de calamidade pública, a equipe de gestão da UFVJM planejou várias estratégias. Inicialmente, propusemos a suspensão do calendário acadêmico e auxiliamos o retorno dos estudantes para as suas famílias e residências. Em ação contínua, dialogamos com os gestores da saúde pública de Diamantina, cuja mesorregional abrange 34 municípios, sobre as práticas de distanciamento social, uso de máscaras e devida limpeza das mãos dentre outras ações de cunho educativo e coletivo.

Instituímos o Comitê de Acompanhamento e Enfrentamento ao Coronavírus; participamos do Gabinete de Crise do município de Diamantina e juntamente com a Comissão Permanente de Biossegurança (CPBio) da UFVJM apresentamos valiosas contribuições aos gestores municipais de saúde e à sociedade.

O governo federal proveu-nos recursos para realizarmos os testes sorológicos e reestruturarmos nosso laboratório para diagnóstico molecular, no qual já foram realizados mais de 10 mil testes. Doamos volumes expressivos de insumos, como álcool em gel a 70%, máscaras e produtos de limpeza para várias casas de saúde da região que apresentavam déficit de estoque para atender à população.

Nossos servidores e estudantes têm implementado inúmeras ações que têm modificado a evolução da pandemia nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, bem como nas regiões Norte e Noroeste de Minas, especialmente, na cidade de Diamantina. E, existe o reconhecimento da sociedade pelo nosso papel desempenhado como universidade pública. Atenta ao recrudescimento da pandemia, a UFVJM continua no enfrentamento junto aos gestores da saúde, em prol da saúde e da vida das pessoas. 

3 - Qual tem sido o maior desafio da UFVJM nesta pandemia?

Reitor - Nesta pandemia, as questões epistemológicas vinculadas ao negacionismo científico e às polarizações político-ideológicas dominaram a mídia mundial, debatendo os termos cloroquina, ivermectina, azitromicina e vacina. E nessa onda, muitas universidades perderam o foco e demoraram para implementar o ensino remoto emergencial (ERE).

Na UFVJM, suspendemos o calendário acadêmico em março de 2020 e iniciamos o ERE somente no final de setembro. Os atrasos advieram, em parte, da pouca infraestrutura na área da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), aliada à nossa parca experiência docente nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA).

A pandemia será derrotada pelas ciências em breve, mas deixará vários lembretes para a humanidade. Além de desacelerar abruptamente a economia global e retrair o PIB até das grandes potências mundiais, a pandemia está mudando conceitos sobre tecnologia, mercado globalizado, potência política mundial e principalmente, sobre comportamento humano.

Para além dessas questões de ordem geral, na UFVJM, o desafio para o ERE ficou maximizado pela fragilidade da nossa política de acolhimento aos estudantes: 1- déficit de recursos financeiros; 2- déficit na formação pedagógica permanente, 3- déficit no acompanhamento pedagógico do discente; 4- déficit no nosso aparato institucional de TIC. Como gestores, contrapartidas têm sido implementadas paulatinamente para superar tal desafio. 

4- Diante do que o senhor disse acima, qual a avaliação da gestão sobre o ensino e o trabalho remoto, que se tornaram realidade na universidade?

Reitor - Estamos buscando melhoria na gestão dos processos na instituição, pensando numa universidade eficiente e inteligente. Realizamos investimentos da ordem de R$ 4 milhões em TICs. Pensamos num modelo de gestão do ensino que dialoga de forma permanente com todos os atores e estamos propondo uma nova política para o ensino presencial e a distância. Ademais, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e com a Capes, estamos provendo suporte a milhares de estudantes do 3º ano do Ensino Médio por meio da Educação a Distância (EAD).

Quanto ao trabalho remoto, implantamos o Escritório de Processos com a finalidade de mapeamento dos processos, automação e integração através de uma central de dados. A Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), a Diretoria de Educação Aberta e a Distância (Dead) e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) têm trabalhado diuturnamente nisso. Temos servidores capazes de elevar a qualidade dos serviços, otimizar as entregas e quando isso estiver organizado, teremos condições seguras para implantar uma nova versão do trabalho com tecnologia - o teletrabalho. 

A eficiência do trabalho remoto não pode ser avaliada nessa etapa em que muitas práticas estão suspensas. Pela análise técnica do Ministério da Educação (MEC), a UFVJM possui quantitativo suficiente de servidores na casa. Estamos implementando o dimensionamento e o redimensionamento da força de trabalho, buscando redefinir nosso “ambiente de trabalho institucional”, ou seja, capacitar pessoas, melhorar as ferramentas de trabalho, definir as atribuições, minimizar riscos e atender as demandas da instituição de forma planejada. 

5- E quanto às ações de extensão, de parceria direta com a comunidade externa à UFVJM, como elas estão sendo realizadas?

Reitor - A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) tem desenvolvido um pacote de ações para o enfrentamento da Covid-19. Ao longo de 2020, apoiamos as iniciativas de dezenas de servidores e estudantes envolvidos em 28 ações de extensão, nas quais foram atendidas 25.625 pessoas; tivemos 111 alunos contemplados com bolsas do edital do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) e produzimos o total de 36.720 máscaras de tecido. Adicionalmente, centenas de máscaras de proteção facial foram produzidas em nossos laboratórios das engenharias dos campi de Diamantina, Janaúba e Teófilo Otoni. Através dos nossos pesquisadores e estudantes de pós-graduação, produzimos e disponibilizamos centenas de litros de álcool em gel a 70% aos hospitais dos municípios onde temos campus.

Em 2021, com o recrudescimento da pandemia e perante o quadro crítico da saúde, proporemos ações emergenciais para além das já desenvolvidas, no sentido de sensibilizar as pessoas e ajudar no acolhimento das mais vulneráveis. Para tanto, estaremos em permanente contato com os gestores do Estado em nível municipal, estadual e federal. 

6- Como está a produção científica da UFVJM neste período de pandemia?

Reitor - As atividades de pesquisa reduziram substancialmente, principalmente aquelas envolvendo as práticas da iniciação científica, uma vez que os estudantes matriculados para o ensino híbrido em 2021 ainda estão na fase remota. Não obstante, continuaram as pesquisas consideradas essenciais, envolvendo alguns estudantes de graduação e de pós-graduação, mas observando-se os protocolos sanitários. As atividades remotas têm sido priorizadas por questões de segurança à saúde. 

7- O que o senhor considera como eixo principal do trabalho da UFVJM neste momento?

Reitor - As atividades administrativas são essenciais e estão mantidas, principalmente as da administração central. Paralelamente ao ensino híbrido, que no momento está essencialmente na modalidade remota, a equipe central da gestão tem desenvolvido várias frentes de trabalho focadas na organização geral da universidade. É um trabalho extremamente relevante e que se desenvolve através de grupos de trabalho, por exemplo:

  • Comitê de Governança Pública, Integridade, Risco e Controle, que contribuiu para a elaboração do Plano Estratégico Institucional;

  • Comissão responsável pelo Escritório de Processos: mapeamento dos processos dos setores administrativos e de ensino da universidade com a finalidade de sistematizar e automatizar toda a instituição;

  • Comissão incumbida de realizar o dimensionamento da força de trabalho do pessoal técnico-administrativo;

  • Comissão responsável pelo Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI 2022-2026;

  • Comissão responsável pela revisão e consolidação dos atos normativos inferiores a decreto;
  • Comissão responsável pela organização dos setores produtivos da universidade;

  • Comissão responsável pela implantação do Centro Integrado de Atenção à Saúde – Campus I.  

8- Por meio de decreto do governador, todo o estado de Minas Gerais entrou na “onda roxa”. O que isso traz de mudanças para as atividades da UFVJM?

As atividades práticas de estágios estão permitidas somente aos estudantes da área da saúde matriculados no último período ou semestre do curso. As demais estão temporariamente suspensas, conforme reza o inciso XXVII do Art. 4º da Deliberação do Comitê Extraordinário da Covid-19 nº 130, de 3 de março de 2021, do estado de Minas Gerais. 

9- Chegamos a um ano de pandemia. Quais são as expectativas do senhor em relação ao funcionamento da universidade e à volta à normalidade?

Reitor - A normalidade do funcionamento da universidade dependerá do controle da pandemia, o qual será consequência de um conjunto articulado de ações para inverter a atual tragédia na área da saúde. Hoje, apenas 6% da população está vacinada. A média móvel de mortes está acima de 2 mil e a morte diária por Covid já ultrapassou 3.000 óbitos. A média diária de infecção oscila entre 70 e 80 mil pessoas. O governo federal já investiu 4,81% do seu Produto Interno Bruto (PIB), valor maior que a média dos países avançados, e quase o dobro do que investiram as nações emergentes, contudo sem surtir o efeito desejado.

Para a UFVJM e para a maioria das universidades voltarem à normalidade, o estado e o país precisam utilizar práticas bem sucedidas em outros países, tais como:

  • Combate à politização da pandemia;

  • Lockdown rígido de no mínimo 30 dias, podendo chegar a 60 dias;

  • Vacinação seletiva da população (com foco nos grupos que manterão as atividades essenciais do Estado);

  • Testagem massiva da população;

  • Mapeamento de contatos de contagiados;

  • Quarentena de viajantes;

  • Limite na ocupação de transporte público;

  • Proibição de atividades sociais;

  • Uso obrigatório de máscara;

  • Auxílio emergencial assistencial às pessoas vulneráveis e desempregadas;

  • Reabertura monitorada das atividades;

  • Apoio do governo federal às empresas para manterem empregos, com jornada reduzida de trabalho.

"É importante frisar que as ações precisam ser coordenadas por uma central de comando com núcleos em rede espalhados pelo país. Essa central deve possuir poder de controle e adotar ações unificadas em termos de municípios e estados que apresentarem similares estágios de gravidade. Uma ação de inteligência similar às estratégias de guerra."

10- Como profissional de saúde, que orientação o senhor daria para a comunidade externa sobre o universo de uma doença viral?

Reitor - Enquanto não se tem a vacina efetiva contra o vírus Sars-CoV-2, as ações preventivas devem, com rigor, barrar o espraiamento da partícula viral. No início da pandemia, estimava-se que a doença teria uma curva epidemiológica com duração de 45 dias. Não obstante, passou-se um ano e a pandemia atingiu a fase de infecção comunitária, a imunização de rebanho não atenuou a sua propagação, o sistema de saúde está em colapso e as mortes aumentam a cada dia. A deficiência na produção de vacinas aliada ao surgimento de variantes virais mais letais, a exemplo da P1 da Amazônia, colocou o Brasil num estado de alerta nacional. Nesse cenário desafiador, as ações precisam ser unificadas, combinadas e rapidamente acolhidas pelas pessoas.

Por outro lado, a população não pode simplesmente ser cobrada, pressionada ou mesmo obrigada a colaborar ou cumprir ordens de um Comitê Nacional de Combate, mas ser deixada abandonada, sem emprego, alimento e suporte médico e psicológico, por exemplo. A assistência humanitária precisa vir do Estado, da iniciativa privada, das organizações sociais, enfim, de cada pessoa que poder prestar algum tipo de socorro. A questão é adotar regime de guerra pela vida do próximo! 

11- Nosso país vive agora um dos piores momentos da pandemia. A que o senhor atribui esse momento?

Reitor - O descontrole da pandemia deve-se a: 1- morosidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) em notificar o mundo sobre o estado pandêmico instalado; 2- dualismo político-ideológico acerca da pandemia; 3- desarmonia entre o poder judiciário (STF) e o executivo (Ministério da Saúde); 4- falta de política nacional unificada liderada pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento da pandemia; 5- falha dos gestores estaduais e municipais em impedir a propagação comunitária do vírus Sars-CoV-2.

O Supremo Tribunal Federal, que não tem capacidade institucional ou expertise em saúde pública, cometeu erro crasso ao outorgar aos governadores e prefeitos a autonomia para controlar a pandemia, sem, contudo, cobrar um plano de enfrentamento de cada governador ou prefeito. Por outro lado, leigos e intelectuais ainda propagam o negacionismo da pandemia. Enfim, é muita gente responsável por nossas estatísticas.

12- Como pesquisador da área da saúde e reitor de uma universidade federal, instituição base do desenvolvimento científico no país, o que o senhor poderia dizer sobre a importância da ciência, de forma especial num momento como este? 

Reitor - A ciência é o fundamento do conhecimento humano e pode determinar um norte para muitos problemas da sociedade. Cientificamente, o vírus Sars-Cov-2, causador da pandemia Covid-19, pode ser facilmente controlado e eliminado em um tubo de ensaio num laboratório de pesquisa científica. Tal raciocínio não se aplica quando o vírus instala-se no organismo humano e espalha pelo mundo afora. A atual tragédia posta ao nosso país exige conhecimento de várias ciências, pois além do Sars-Cov-2 teremos que combater o vírus da politização da pandemia, da soberba e do negacionismo, que estão agindo em simbiose. Comete-se erro crasso ao atacar apenas um alvo.

Em termos das ciências da saúde, as universidades do mundo são grandes aliadas do enfrentamento à pandemia, a exemplo da Universidade de Oxford, que produziu a vacina com a multinacional AstraZeneca. No Brasil, temos projetos em desenvolvimento na Universidade Estadual de São Paulo (USP), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e só em nosso estado temos 10 vacinas sendo desenvolvidas nas Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV)e Juiz de Fora (UFJF). Não obstante, o rápido surgimento de cepas resistentes limita a eficácia das vacinas existentes e requer mudanças nas estratégias de produção.

Um ponto crucial a ser esclarecido às pessoas: as variantes dos vírus são consequências das suas várias passagens pelos seres humanos, ou seja, se reduzir a transmissão entre humanos, diminui-se o surgimento de novas variantes – isso representa uma estratégia a ser valorizada no atual estágio de descontrole da pandemia. 

Atualmente, já morreram aproximadamente 2,7 milhões de pessoas no mundo, número 50 a 100 vezes menor que a mortandade causada pelo vírus da gripe espanhola por ocasião da primeira guerra mundial. Por outro lado, esse número de mortes por Covid-19 é expressivo e, sobretudo, indignante perante o grande acúmulo de conhecimento científico existente no mundo atual.

Seguindo essa lógica, é preciso colocar em prática os conhecimentos das ciências exatas, das ciências sociais e humanas, e pensarmos numa fórmula com algumas variáveis: 

Saúde X Economia X Produção X Direitos Humanos X Comportamento Humano X Apoio do Estado = Salvar Vidas
Politização da pandemia – Soberba – Negacionismo

Logo, a fórmula eficaz para mudar a tragédia brasileira existe! É uma injeção dolorosa que precisa ser aplicada o quanto antes, uma dose por dia, até a pandemia acabar!

As universidades podem ajudar a aplicar essa fórmula através das Pró-Reitorias de Extensão, de Pesquisa e principalmente, de comitês científicos politicamente apartidários.

O dia 24 de março representou um marco histórico no nosso país: virou-se a página e, doravante, passamos a lutar lado a lado contra a pandemia, uma vez que em ato do chefe de estado da nação, o presidente da República anunciou a criação do Comitê de Combate à Covid-19, unindo os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário e, em ato contínuo, iniciou-se a aglutinação de vários governadores, visando compartilhar planos, metas e responsabilidades.

Este é o momento de o papel das universidades ser realmente valorizado pelos gestores municipais, estaduais e federal. É o momento de cada brasileiro tornar-se membro dessa “Cruz Vermelha em respeito às 300 mil vidas perdidas e às milhares de famílias enlutadas do nosso país.