2º Novembro Negro

publicado 05/11/2019 12h25, última modificação 05/11/2019 18h23
7 a 29 de novembro
Quando
07/11/2019 até 29/11/2019 (America/Sao_Paulo / UTC-200)
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No dia 20 de novembro comemora-se o dia de Zumbi dos Palmares, principal líder da República de Palmares, assassinado nesse dia, em 1695. Essa data foi escolhida como o Dia da Consciência Negra e foi instituída pela Lei 12.519/1,1 a fim de celebrar a luta do povo negro.

Para celebrar a data, durante todo o mês de novembro o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/UFVJM), o Núcleo de Pesquisa, Ensino, Extensão e Divulgação sobre Escravidão (Nupede/CNPq/UFVJM) e o Centro Latino de Arte Negra (CLAN) organizaram, juntos, o 2º Novembro Negro, com atividades que se iniciam na quinta-feira próxima (7), com a apresentação de dados estatísticos sobre a população negra, e vão até o fim do mês, com o minicurso de Iniciação à História da África, nos dias 28 e 29 de novembro.

Conforme informa o cartaz de divulgação, vai haver atividades em diferentes locais da cidade: no Campus JK, na Casa do Elefante, no Museu do Diamante, na Biblioteca da UFVJM, no Movimento de Criatividade Comunitária (Mocrico) e no Clube de Datas.

A professora Adna Candido de Paula, uma das coordenadoras do evento, chama a atenção para o protagonismo dado aos estudantes da UFVJM no 2º Novembro Negro e segue comentando a programação: “Os alunos e alunas da UFVJM compõem diversas mesas de debates do evento e são responsáveis por outras atividades artísticas".

"Contamos com a parceria do Laboratório de Montagem Cênica da UFVJM, que organizará a exposição Comigo Ninguém Pode e vai apresentar o espetáculo Alzira, um poema cênico. Teremos, ainda, integrando a programação, a 7ª edição do 1º Ciclo de Diálogos Literatura e Feminismos, que vai abordar as obras de Paulina Chiziane e de Conceição Evaristo. Além do ciclo, teremos as mesas de debate da 1ª Semana de Arte e Política: feminismos e negritudes, que abordarão os temas: Autobiografia e arte documental; Desgraçada: rompendo o silêncio e a invisibilidade da violência contra as mulheres; Corpos negros e a sua insurgência na arte e na academia. Contamos, ainda, com a participação do Nós – Núcleo Sócio Educacional Contra a Violência à Mulher”, finaliza.

Sobre a importância do evento, a professora Adna explica que “a consciência negra abarca duas frentes de representações: a primeira é a percepção do povo negro de sua relação com as raízes culturais e históricas de seus antepassados e a segunda é a identificação do povo negro com as lutas de seus ancestrais africanos, entendendo que a abolição da escravatura não veio acompanhada de reforma agrária nem de políticas públicas que objetivassem a integração desse povo na sociedade brasileira. Se por um lado a consciência negra reafirma o valor da cultura e das memórias africanas na cultura brasileira, na ciência, na religião, no conhecimento, na tecnologia, por outro, ela lembra que a luta contra o racismo estrutural continua e que deve ser assumida por toda a sociedade brasileira”.

Os ouvintes, monitores e participantes das atividades vão receber certificados. É necessário fazer inscrição para duas das atividades, que terão vagas limitadas: a Oficina de Poesia Negra Contemporânea (10 vagas) e o minicurso de Iniciação à História da África (30 vagas). As inscrições para essas duas atividades deverão ser feitas pelo e-mail: nupede.ufvjm@gmail.com.

Em caso de qualquer dúvida ou para mais informações sobre o evento, o interessado deve entrar em contato com as professoras Ana Paula Nunes ( anapaula.nunes@ufvjm.edu.br) e Adna Candido de Paula ( adna.paula@ufvjm.edu.br) .

Para saber de tudo o que está programado, acompanhe as redes sociais do Neabi e Nupede: @neabi_ufvjm@nupedeufvjm; Nupede UFVJM.