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UFVJM inicia preparativos para retorno das atividades presenciais
Após seis meses de muito trabalho, durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a Covid-19, para tornar a UFVJM um espaço mais seguro e adequado de acordo com as novas exigências das autoridades sanitárias do país, a atual equipe gestora da universidade, em parceria com as autoridades dos municípios onde possui campus e com as autoridades do governo do estado e federal, através do próprio Ministério da Educação (MEC), inicia uma nova etapa de planejamento e estudo de possibilidades para o retorno das atividades presenciais da UFVJM no ano de 2021. Desde o dia 16 de março, quando suspendeu suas atividades letivas com o objetivo de se antecipar aos efeitos nocivos da pandemia e preservar a integridade de milhares de vidas moradoras das quatro cidades onde possui campus, a UFVJM tem se mobilizado tanto internamente como externamente para evitar os danos da pandemia e se precaver, já que a universidade é um ambiente que, por natureza, abriga milhares de pessoas que estão em constante circulação, indo e vindo todos os dias. Segundo o reitor, prof. Janir Alves Soares, a UFVJM colocou-se à disposição dos órgãos responsáveis pela gestão de saúde nas cidades onde ela tem campus para colaborar nas ações preventivas e acabou por realizar um excelente trabalho, tendo feito uma grande diferença no enfrentamento da pandemia, especialmente em Diamantina, onde pôde contribuir de forma efetiva com a abertura do Laboratório-Escola de Análises Clínicas (LEAC), do curso de Farmácia, para diagnóstico do novo coronavírus, que vem sendo realizado pelo Núcleo de Doenças Infecciosas e Parasitárias do LEAC desde 20 de abril.
“Além das análises do laboratório, a UFVJM envolveu-se em centenas de ações preventivas, como a confecção de equipamentos de segurança (máscaras e protetores faciais) e materiais saneantes (álcool 70 em gel e líquido), campanhas educativas sobre prevenção e cuidados com o novo coronavírus, campanhas de apoio à saúde mental, pesquisas epidemiológicas de georreferenciamento sobre a pandemia, empréstimo de veículos para as casas de saúde, traslado dos estudantes para suas cidades de origem, enfim, ela esteve à frente dos fatos para não ser surpreendida de forma negativa pela doença”, afirma o prof. Janir.
De acordo com o reitor, todo esse trabalho vem contando com ações constantes do Comitê de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV-2)- Covid-19 da UFVJM, da Comissão Permanente de Biossegurança (CPBio) da UFVJM, das Diretorias de Educação a Distância (DEAD), Tecnologia da Informação (DTI), Comunicação (Dicom) e das Pró-Reitorias de Assuntos Comunitários e Estudantis (Proace), Graduação (Prograd), Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Administração (Proad), Orçamento e Planejamento (Proplan) e Extensão e Cultura (Proexc). “Diversas ações ilustram o quanto a universidade dedicou-se nesses últimos seis meses de pandemia, como, por exemplo: a aprovação de três resoluções para o funcionamento do ensino remoto; o desenvolvimento pela CPBio do Plano de Contingência da Covid-19 na UFVJM; a aprovação da verba de R$ 925 mil para aquisição de insumos, oriundos da Medida Provisória n° 942, de 2 de abril de 2020, destinados às Ações de Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente da pandemia; a organização da compra dos insumos necessários, apesar da dificuldade de encontrá-los no mercado, de forma direta e sem licitação; a liberação das bolsas para os estudantes, através do recurso de R$ 4 milhões do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e mais R$ 400 mil de recursos do orçamento da UFVJM para aquisição de planos de internet e realização da monitoria remota, além da disponibilização de computadores nos laboratórios da universidade e o empréstimo de computadores para estudantes”, esclarece o reitor.
A partir deste mês de setembro, com o ensino remoto iniciado e as ações acima citadas em andamento, a instituição, mantendo todas as parcerias estabelecidas no mês de março, dá início às discussões para estudar o cenário atual da pandemia e identificar as possibilidades de protocolos e critérios existentes que permitam o retorno gradual dos estudantes para as cidades onde estudam e, especialmente, para aqueles que utilizam a Moradia Estudantil Universitária da UFVJM. Para o reitor, muitas questões permeiam o retorno presencial, como, por exemplo, a inexistência de um protocolo que permita o retorno de 100% da comunidade acadêmica ao mesmo tempo. “Se buscássemos hoje critérios científicos para o retorno de 100%, não os encontraríamos porque eles não existem. Não há protocolo que recomende a testagem coletiva para pessoas sem sintoma, pois além de ser uma ação inexequível, pelo seu alto custo, não é recomendada do ponto de vista epidemiológico. É preciso pensar em estratégias mais inteligentes. E o protocolo que existe no momento recomenda o retorno gradual das atividades, a adequação dos espaços físicos com utensílios de segurança e materiais saneantes, a quarentena, o uso de máscara, o distanciamento mínimo previsto e, em caso de sintoma, o teste”.
Dessa forma, o reitor esclarece que a equipe da UFVJM continua trabalhando e buscando, junto às prefeituras, orientações sobre quais protocolos devem ser adotados em cada município para que a instituição possa receber novamente, de forma presencial, sua comunidade acadêmica.