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Pesquisa coordenada por professora da UFVJM descobre espécie rara de cactos

publicado: 17/06/2024 23h32, última modificação: 17/06/2024 23h32
Descoberta foi publicada em revista internacional, com contribuição de grupo de pesquisadores de diversas instituições

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Nova espécie de cactos: Uebelmannia nuda (Créditos: Fabiane Nepomuceno da Costa)

A professora do Departamento de Ciências Biológicas da UFVJM, Fabiane Nepomuceno da Costa, foi a coordenadora do projeto de pesquisa que descobriu uma rara espécie de cactos. A planta foi encontrada em um local de difícil acesso no Parque Nacional das Sempre-Vivas, situado no Planalto de Diamantina, e foi batizada pelo nome de Uebelmannia nuda, em referencia à ausência de espinhos. A descoberta foi publicada, no último mês de maio, na Revista Científica Internacional Taxon (publicação feita pela Wiley em nome da International Association for Plant Taxonomy, da qual é o jornal oficial), com o título A microendemic and enigmatic new cactus species from the campo rupestre of Minas Gerais, Brazil: Uebelmannia nuda (Cactaceae, Cactoideae).

Além da professora Fabiane da UFVJM, o artigo conta com a participação de pesquisadores de outras instituições brasileiras e, também, ligada a uma instituição dos Estados Unidos. “A planta foi encontrada em um local de difícil acesso no Parque Nacional das Sempre-Vivas e, por ter uma distribuição muito restrita, nunca tinha sido avistada por pesquisadores anteriormente. Chegamos até o local de helicóptero”, relata Fabiane.

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Local onde a espécie ocorre (Créditos: Fabiane Nepomuceno da Costa)

A pesquisadora da UFVJM explica que “a descoberta inédita foi fruto de um intensivo trabalho de campo de um projeto de pesquisa sobre a flora do Parque Nacional das Sempre-Vivas, que abriga uma flora bem peculiar, muito diversa e com muitas espécies que ocorrem apenas nessa região e, justamente pela distribuição muito restrita, algumas ainda são novas para a ciência, como é o caso dessa nova espécie de cactos”.

Para Fabiane, “a Serra do Espinhaço, onde está inserido o parque, abriga ainda muitas espécies não catalogadas pela ciência, mas já sob algum grau de ameaça de extinção. Por isso, é extremamente importante conhecer essa biodiversidade e ter ações que conservem esse patrimônio biológico”, conclui a pesquisadora da UFVJM.

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Nova espécie de cactos: Uebelmannia nuda (Créditos: Fabiane Nepomuceno da Costa)

Todos os autores do trabalho e suas instituições:

Daniela C. Zappi, Nigel P. Taylor, Fabiane Nepomuceno Costa, Simone Nunes Fonseca, Paula Leão Ferreira, Monique Romeiro-Brito, Milena C. Telhe, Matias Köhler, Fernando F. Franco & Evandro M. Moraes

  • Programa de Pós-Graduação em Botânica, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília (UNB), Brasília 70919-970, Brazil
  • Departamento de Biologia, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba 18052-780, São Paulo, Brazil
  • Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina 39100-000, Minas Gerais, Brazil
  • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio, Diamantina 39100-000, Minas Gerais, Brazil
  • Florida Museum of Natural History, Department of Natural History, University of Florida, Gainesville, Florida 32611, U.S.A.

Para contato sobre a publicação: Daniela C. Zappi, .

O projeto de pesquisa tem número de registro número 5772014 na UFVJM e encontra-se encerrado com relatórios.

 

Por Coordenadoria de Comunicação Social