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Projeto De Verbo e Águas: contos e poemas do Rio São Francisco lança documentário

publicado: 04/07/2019 13h42, última modificação: 09/07/2019 13h21
Projeto é desenvolvido no Instituto de Ciências Agrárias, do Campus Unaí

O projeto de extensão De Verbo e Águas: contos e poemas do Rio São Francisco, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, vai lançar neste mês, em data a ser confirmada, o documentário Pessoas e Águas do Rio São Francisco.

O documentário será o primeiro de uma produção dupla, cujo objetivo será transformar as histórias do povo ribeirinho do Rio São Francisco em obras audiovisuais, registrando o contexto social, cultural e ambiental da região. A meta é juntar os dois documentários numa produção de um filme de longa-metragem para que seja disponibilizado em conjunto com um catálogo fotográfico na internet. Com isso, os registros servirão às comunidades como ferramenta de educação ambiental e cultural, de forma a respeitar os valores passados de geração em geração pelos ribeirinhos.

O projeto é coordenado pelo professor Anderson Alvarenga Pereira e conta com a participação do aluno Carlos Lima Ferreira, do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) do Campus Unaí, com bolsa financiada pelo Programa de Bolsas de Apoio à Cultura e à Arte (Procarte) da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFVJM. Todo o trabalho é baseado na obra literária do próprio Carlos, intitulada Contos do Rio São Francisco: peixes, pessoas e águas, publicada em 2014.

 iate - são francisco

A aluna Natália Gonçalves Silva (ICA/UFVJM) interpreta no documentário a indígena Iati. A lenda diz que ela é mãe do Rio São Francisco e que ele foi formado por suas lágrimas.

 

Para execução do projeto, houve um planejamento de sua produção que dividiu o percurso do Rio São Francisco em dois trechos. O documentário a ser lançado trará registros do primeiro trecho, chamado de Alto e Médio São Francisco, composto por municípios mineiros. Já o segundo trará os registros do Baixo e Sub-baixo São Francisco, composto por municípios nordestinos.

O trabalho iniciou-se no mês de maio de 2018, na nascente do Rio São Francisco, e percorreu cerca de oito municípios em duas expedições para realizar o mapeamento cultural da região e catalogar fotografias e filmagens. “Na realidade a gente pegou não só as histórias, mas o modo de vida, de pescar, os tipos da canções que eles cantam naquela região por exemplo”, explica o aluno Carlos.

Além de Carlos, a iniciativa teve a colaboração efetiva de 40 alunos do instituto na captação de imagens e áudio, no registro fotográfico e nos contatos com os moradores. Para o bolsista, a colaboração de outros alunos superou suas expectativas: “até brinco com os professores: foi um projeto que teve maior adesão dos alunos aqui da universidade, e, assim, muita gente aprendeu”. Sobre o aprendizado, ele complementa: “além de levar um pouco daquilo que a gente aprendeu aqui na universidade, conseguimos trazer muita coisa das comunidades que foram visitadas”.